quarta-feira, junho 01, 2005


Tropas portuguesas para o Afeganistão, sem carros e com espingardas trocadas.

Segundo o Jornal de Noticias, Portugal, não tem preparado, o material necessário para equipar uma companhia reforçada (150 homens) para enviar para o Afeganistão, incluída numa força de paz da NATO.

Não é a primeira vez que Portugal participa em operações no exterior, no entanto, não deixa de ser curioso, a acreditar na notícia divulgada pelo Diário de Noticias, que até à última da hora, ainda se esteja à procura de alguns veículos.

É aqui que confesso a minha perplexidade.

Mas afinal, que blindados serão esses?

O Jornal de Noticias fala nos HUMVEE, mas desde quando os HUMVEE são carros blindados adequados para o tipo de conflito de baixa intensidade que existe no Iraque?
O próprio exército dos Estados Unidos, tem vindo a substituir à pressa, HUMMER's standard, por outros com alguma blindagem.

Quando enviámos uma companhia para o Iraque (no caso da Guarda Repúblicana) também tivemos que adquirir carros IVECO, no entanto, os IVECO, embora sejam blindados, são pensados para terrenos planos, e urbanos. A rede de estradas do Afeganistão é desadequada para aquele tipo de veículo. No entanto, se a espigarda SIG-43 (ver abaixo) , é pouco adequada para conflitos urbanos, isso quer dizer que não se espera que as forças vão para as montanhas.
Será impossível utilizar veículos IVECO?

De notar que Portugal tem alguns veículos HUMMER, mas que estes não têm blindagem, e por isso a sua utilização não é possível

Por outro lado, pode tratar-se apenas de um equívoco, pois o jornal, fala de veículos PANHARD, que são bastante diferentes dos HUMMER no seu conceito de utilização e características.

Fontes das Forças Armadas, referiram que “Somos bons no planeamento mas maus na execução”.

No entanto, quanto o planeamento, não é capaz de prever os problemas que ocorrem na execução, então é o planeamento ( porque não foi capaz de planear convenientemente), que falhou de uma forma clara.

MAIS, ficamos a saber que, a arma ligeira SIG-43 que equipa as forças de elite, afinal não é boa para situações de guerra, ainda mais que, o seu calibre é demasiado reduzido e inadequado para combates urbanos.

Quase que, como nota de humor, se poderia dizer que, compramos aquela arma, para as nossas forças especiais andarem a jogar Paint-Ball

Quem são os responsáveis?

A ser verdade, queremos NOMES! ! !