As novas fragatas TYPE-23 do Chile |
O Chile, acaba de adquirir três fragatas especializadas em luta anti-submarina Type-23. Embora se trate de navios pensados para a luta anti-submarina, projectados quando havia ainda o perigo soviético, são navios extremamente capazes e ao nível do melhor que existe nas marinhas da Europa.
Para dar uma ideia, por alto, são equivalentes às fragatas MEKO-200 da marinha portuguesa.
No entanto, a marinha do Chile, adquiriu não só estas três embarcações, como também já tinha adquirido duas fragatas especializadas na defesa anti-aérea “Jacob Van Heemskerck” junto com mais duas fragatas da classe Karel Doorman, igualmente especializadas na luta anti-submarina.
As JVH (na segunda foto, junto com uma Vasco da Gama – notar a ausência de hangar)
Abaixo uma das Karel Doorman
As aquisições da marinha de guerra do Chile, devem ser futuramente analisadas e estudadas.
O Chile ainda é, infelizmente, um país com uma democracia “vigiada”. A influência dos militares é notória, e o país tem mesmo uma lei, que determina que uma parte do rendimento da venda de cobre no mercado internacional, será para as Forças Armadas.
Ou seja, as Forças Armadas, leia-se Augusto Pinochet, não deixaram o poder sem levar nada em troca. Para lá de reformas milionárias, e chorudas contas bancárias na Europa, conseguidas de forma obscura, os militares do Chile, garantiram também que, com um orçamento para as forças armadas, indexado à produção de cobre, poderiam garantir emprego, para a casta militar, que continua a tutelar a vida política no Chile.
Para a América do Sul, e uma vez que o Chile é um país do Oceano Pacífico, é um problema que se coloca especialmente aos seus vizinhos marítimos, especialmente a Argentina e o Peru. Os restantes países do continente, não são de nenhuma forma afectados pela aquisição Chilena.
No entanto, ao tornar-se pela qualidade das suas aquisições, a mais moderna e sofisticada marinha da América do Sul, há razões para que países como a Argentina ou o Peru, se perguntem, sobre o que pretende o Chile, ao colocar-se numa situação de superioridade numérica e tecnológica clara, relativamente aos restantes países do continente sul americano.
Ao romper muito claramente o equilíbrio existente com os seus vizinhos, o Chile pode ter aberto o caminho para uma corrida às armas no continente. Uma corrida que, em última análise, o Chile poderá não ter condições de sustentar.
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