quarta-feira, novembro 23, 2005


GNR em Gaza: Descuido, traição ou disparate ?

Durante a cimeira Luso-Espanhola, deparámo-nos perante mais uma das tradicionais avançadas da arrogância espanhola, disfarçada com o sorriso cínico do dirigente espanhol Rodrigues Sapateiro.

Segundo a comunicação social, os nossos amáveis vizinhos, pediram-nos humildemente que cedesse-mos aos espanhóis, a bagatela de cinco militares da GNR, para se enquadrarem, sob as ordens dos espanhóis.

Como se alguém, em seu perfeito juízo acreditasse que em Espanha, é difícil encontrar cinco guardas civis, para completar o contingente espanhol.

Esta cessão de militares portugueses, começa a fazer sentido se enquadrada na ideia da visão futura de exército ibérico, sob o total e absoluto controlo do governo de Madrid.

Não há absolutamente nenhuma razão objectiva e válida, que justifique o envio de cinco militares da GNR para a faixa de Gaza, sob o comando dos espanhóis. São em numero muito reduzido para pesar de alguma maneira. Não aquecem nem arrefecem.

A única vantagem do seu envio, é que permite criar em Portugal a habituação à ideia de que as nossas Forças Armadas não passam de uma pequena sub-divisão do exército espanhol. Em termos europeus, permite confirmar à Europa, que é o governo de Madrid quem manda e quem dispõe sobre as questões militares em toda a península ibérica, e que o exército e as forças armadas portuguesas estão absoluta e totalmente sob o controlo directo do governo de sua majestade D. Juan Carlos de Bourbon e do seu Primeiro Ministro.

O comandante em chefe das Forças Armadas, não é seguramente Jorge Sampaio.

Esta afronta, à Guarda Nacional Republicana, em que colabora o ministro que tutela a instituição, não é a primeira, nem será a última. É uma afronta às instituições deste país, à sua auto-estima e ao seu orgulho. A afirmação de Portugal como Nação e Estado soberano, sempre se fez contra a Espanha, e contra tudo o que ela continua a representar como estado promotor da traição da repressão e da tirania.

Pode ser que nos habituemos a esta subserviência movida pelo desleixo e pela irreponsabilidade de um ministro, mas pode ser também que chegue um dia em que ficaremos fartos.

2 Comentários:

At quinta-feira, 22 de dezembro de 2005 às 15:02:00 WET, Blogger António Balbino Caldeira said...

Descobri o vosso blogue por acaso. Mas gostei bastante e prometo linká-lo na próxima actualização Do Portugal Profundo.

Julgo que as Forças Armadas precisam urgentemente da modernização da informação. Sem ela, permanecem escravas do poder político corrupto.

 
At sexta-feira, 23 de dezembro de 2005 às 02:19:00 WET, Blogger Velho Cangalho said...

morte aos castelhanos"!

 

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