Um novo alvo para o Ocidente |
As recentes declarações no novo presidente da República Islâmica do Irão, mostram que, os problemas e as crises políticas com consequências militares, aparecem em qualquer altura, e quando menos se espera.
As palavras de Ahmadinejad, terão sido:
Anybody who recognises Israel will burn in the fire of the Islamic nation’s fury [while] any [Islamic leader] who recognises the Zionist regime means he is acknowledging the surrender and defeat of the Islamic world . . . As the Imam said, Israel must be wiped off the map
Ou seja:
"...Quem quer que seja que reconheça Israel, arderá na chama da fúria da Nação Islâmica, e qualquer difigente islâmico que reconheça o regime Sionista, está a reconhecer a rendição e a derrota do mundo islâmico.
A expressão teria sido mal traduzida traduzida do Persa para o Inglês, no entanto, depois de ter sido analisada, não deixa grandes margens para duvidas sobre o que efectivamente disse o presidente iraniano.
Para complicar ainda mais as coisas, depois do inicio desta nova crise, a incipiente bolsa de Teerão, caiu a pique e os investidores, mesmo os nacionais, começaram a desinvestir no Irão, colocando os investimentos na bolsa em perigo.
A resposta de Ahmadinejad relativamente à bolsa foi:
“... Se nos fosse permitido enforcar dois ou três, acabávamos com o problema da bolsa para sempre...”
Além disso Ahmadinejad disse que a bolsa era uma espécie de jogo, e que o jogo é proibido pelo Islão.
As declarações do presidente do Irão, podem até ter sido proferidas por razões internas, no entanto, foram declarações do presidente do maior país islâmico do médio oriente. Além disso, um país que procura erguer uma industria capaz de enriquecer urânio, eventualmente com objectivos militares, e que testa mísseis de curto e médio alcance, procurando assim desenvolver os meios de transportar as suas armas atómicas.
Embora não seja previsível que o Irão seja capaz de desenvolver os meios para miniaturizar armas nucleares, num futuro prtóximo, as palavras de Ahmadinejad, são uma ameaça clara, nomeadamente a Israel, e dessa maneira à paz mundial.
Mais atrasada estava a construção do reactor nuclear de Osirak no Iraque, quando Israel o destruiu nos anos 80. As instalações iranianas, estão dispersas e o Irão fica mais longe de Israel. No entanto, Israel, tem experiência no fabrico de armas nucleares e teve já tempo, para desenvolver a tecnologia para miniaturizar um dispositivo atómico. A compra por Israel de submarinos à Alemanha, com capacidade para lançar mísseis Harpoon II, dá a Israel um meio de atacar alvos terrestres no Irão. Esta capacidade, junto com os mais recentes meios aéreos israelitas, como caça-bombardeiros F-15i e caças F-16, com alcance superior, permitem a Israel, caso se sinta ameaçado agir contra o Irão.
Embora o Irão não seja um país árabe, e tenha as suas características próprias que o separam do resto dos seus vizinhos, não é de descurar o resultado de um conflito do Irão com o ocidente, e as suas consequências na opinião pública dos países árabes, e nos países islâmicos, de entre os quais se deve considerar o Paquistão (detentor de armas nucleares) e o Egipto, vizinho de Israel e dependente dos Estados Unidos, mas que se poderá tornar em mais um foco de problemas, no caso de manifestações extremistas de origem religiosa.
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