Segundo varias informações até ao momento concordantes, o Rei de Espanha, Juan Carlos, efectuou uma visita aos Açores, que segundo consta são única parcela do território português que ainda não tinha sido visitada por aquela figura do país vizinho.
A visita inclui a ilhas Terceira, Faial, Pico e São Miguel, onde decorrerá a maior parte da visita.
Durante essa visita, nas viagens inter-ilhas, ou seja, na ligação efectuada entre a ilha do Faial e a ilha do Pico, dado todas as outras viagens serem efectuadas de avião, a segurança do Rei dos espanhóis, terá sido assegurada por dois navios de guerra provenientes de Espanha.
Esta situação, é difícil de entender.
É evidente que não se tratando de uma visita oficial, o Estado Português, não tem as mesmas obrigações que teria no caso de se tratar de uma visita de Estado. Qualquer Presidente, Rei ou Primeiro Ministro, pode visitar território português e trazer ao mesmo tempo a sua segurança. Isso aliás já aconteceu, quando o primeiro ministro britânico Tony Blair passou férias na região do Douro.
No entanto, tendo Tony Blair a sua segurança privada, esteve sempre cercado por um “anel” exterior de militares da Guarda Republicana.
No caso agora referido, e a confirmar-se a noticia, a situação assume-se como de uma gravidade transcendente.
No balanço de poder, entre Portugal e Espanha, tem havido uma pressão que cada vez se nota mais forte, no sentido de forçar Portugal a partilhar a segurança da sua Zona Económica Exclusiva com a Espanha.
Esta partilha, do ponto de vista “desinteressado” dos espanhóis, é muito vantajosa para Portugal, que só tem a beneficiar com o facto de a Espanha nos facilitar gratuitamente um serviço pelo qual nós tínhamos que pagar.
Desta forma, de uma forma aparentemente desinteressada, o Estado Espanhol tem vindo paulatinamente a conquistar posições. E, neste incidente que a confirmar-se será trágico, conquistou uma posição importantíssima. Está aberto um precedente, e Portugal, concedeu finalmente à Espanha, o direito de patrulhar mesmo as nossas águas territoriais (a zona de 12 milhas contígua à costa).
Jorge Sampaio, terá passado um atestado de menoridade às Forças Armadas portuguesas, que diga-se, têm sido durante os últimos anos, vítimas de cortes e reduções, que inevitavelmente levariam a situações como esta. Haja crise ou não, as Forças Armadas são sempre o “saco de pancada”.
De qualquer forma, mesmo tendo sido, e continuando a ser vitimas de todo o tipo de cortes, as Forças Armadas e nomeadamente a marinha continuam a ter alguma capacidade para efectuar este tipo de operações. A visita de Juan Carlos aos Açores, terá sido portanto extemporânea, e uma forma de, em natural ligação com os militares espanhóis, montar uma bem sucedida operação de marketing geo-politico, onde Jorge Sampaio, o bem falante, bem pensante, mas pouco brilhante Presidente da República, mais uma vez caiu.
A verificar-se terá sido uma ignominiosa cedência, permitida, e proporcionada, pelas relações de amizade que o cidadão Jorge Sampaio, tem, para com o actual detentor da coroa espanhola.
Jorge Sampaio, que ainda há pouco tempo recebeu das mãos de Juan Carlos um prémio em dinheiro (atribuído via uma organização que preserva a memória de um dos maiores genocídas da história da Europa, Carlos V), lá terá as suas razões para retribuir as benesses que recebeu por parte dos seus amigos espanhóis.
Mas Jorge Sampaio, jurou defender a Constituição da República, Portugal e os portugueses. É inaceitável, que retribua, as prendas oferecidas pelos espanhóis, dando como moeda de troca e pagamento, uma parcela da soberania nacional, que jurou defender sob compromisso de honra.
0 Comentários:
Enviar um comentário
<< Início do Blog