quinta-feira, julho 19, 2007


É possível ser Traidor em Portugal ?

Nos dias de hoje, em que cada vez há menos preocupação com princípios e a sociedade se habituou ao roubo, ao esbulho, à falta de vergonha à depravação, à pedofilia e a todo o tipo de crimes maiores ou menores, deixámos de entender ou considerar o crime de Traição.

A palavra e o conceito de «Traição» praticamente deixaram o nosso vocabulário, excepto quando se trata de referir casos passionais e brigas entre marido e mulher.

No entanto, o conceito de traição é tão antigo como a raça humana e encontram-se referências a ele desde o inicio dos tempos, aliás desde os próprios tempos bíblicos, quando Adão traiu o próprio criador, ao não cumprir as regras que ele tinha criado para garantir a harmonia na micro-sociedade do Paraíso.

Desde que surgiram as primeiras sociedades humanas, elas organizaram-se e eram constituídas por pessoas que tinham comportamentos e códigos de conduta idênticos, e essa comunalidade de princípios e regras, é a principal razão do nascimento das sociedades, dos povos e das nações.
As sociedades humanas criaram-se assim, para ajudar os seus membros a se protegerem mutuamente, a caçar conjuntamente e a garantir o sucesso da comunidade através dos tempos.

Mas a coesão do grupo era de tal forma importante, que todos cedo entenderam que a falta de um dos membros, ou o comportamento de um dos membros fora das regras estabelecidas poderia por em causa o bom funcionamento da comunidade.

Aquele que agia de forma a impedir o desenvolvimento e a convivência na sociedade, era normalmente punido, expulso ou mesmo morto.

Estava criado o crime de traição à comunidade, e para esse crime, foram sempre estabelecidas as mais pesadas penas, porque o crime de traição à comunidade era visto como um dos piores, senão o pior dos crimes.

Grécia clássica:
Traição ao Estado punida com a morte.
Foi assim desde a Pré História, e com o evoluir da sociedade introduziu-se e aprofundou-se o conceito de fidelidade ao chefe e ao rei, foi assim entre os Sumérios, como foi entre os Egípcios.
Chegamos depois à Grécia antiga, onde se estuda a fidelidade ao próprio Estado, e a fidelidade que se deve perante os seu pares, na Cidade Estado do mundo clássico. O não cumprimento das regras, era considerado traição e a traição era severamente punida.

Em tempos posteriores, já na idade média, voltamos a encontrar o conceito de vassalagem, ligado ao conceito de traição ao soberano. A idade das trevas na Europa Ocidental, e a ascensão do Cristianismo afastaram a Europa dos princípios Greco-Romanos. A identidade étnica dos governados não tinha nada a ver com o governante e passou a ser normal transferir entre os nobres a posse das terras, bem assim como a vassalagem obrigatória daqueles que nelas habitavam.

O caso português

No noroeste da Península Ibérica, em meados do século XII, um senhor feudal poderoso, vai no entanto «baralhar» as cartas, ao se apoiar numa realidade étnica para criar para si um Estado, que seria o primeiro Estado-Nação criado após a «Idade das Trevas».
Portugal, aparece como resultado do entendimento por parte de um Senhor Feudal, de que se poderia apoiar num grupo de cidadãos, que partilhavam não só uma língua, uma identidade étnica definida, mas que além disso tinham objectivos comuns, que se prendiam com a manutenção da liberdade e dos direitos dos Homens Livres[1], num período em que a alta nobreza pretendia expandir os seus direitos, através da expansão das áreas onde fosse aceite o principio da Servidão[2].

Em grande medida, e embora condicionados pela realidade da sociedade feudal que saía da baixa idade média, Portugal começou a criar uma identidade nacional muito clara, que é perfeitamente explicita quando na crónica de Fernão Lopes, se dá conta de que o povo não quer um rei estrangeiro, e rejeita a possibilidade de Portugal ser governado por um rei castelhano.

Aljubarrota, 1385: Afirmação da identidade nacional e recusa de um rei estranho à comunidade, afirmaram a Nação e o Estado.
Em 1385, quando ocorre a batalha de Aljubarrota, os portugueses já não lutam contra a possibilidade de implantação do sistema de Servidão ou pelo direito dos Homens Livres a continuarem livres. A sociedade já luta contra um governante que não faz parte do grupo, não se identifica com a sociedade, a qual não lhe reconhece por isso o direito a governar.

Portugal, com o fim da 1ª Dinastia, durante a crise dinástica de 1383-1385 voltou de alguma forma ao velho hábito da monarquia electiva, elegendo de entre as pessoas ilustres de uma comunidade, um homem que pudesse ser rei e que pudesse governar a comunidade, em nome do bem colectivo.

Portanto o conceito de Traidor evoluiu nesse sentido, tendo sofrido um retrocesso durante o período do absolutismo, em que mais uma vez era a figura do rei, Senhor absoluto e personificação do Estado que podia ser traída. Trair o rei era trair o Estado.

Com a revolução francesa, e com o caminho aberto para que todos os homens fossem elevados ao estatuto de cidadão, surge novamente a ideia de Estado, como uma agremiação de pessoas que partilham a mesma memória histórica e um numero de princípios, regras, costumes e tradições. É novamente o Estado-Nação que surge, embora já no Portugal do século XII ela existisse, reafirmada no século XIV.

O Traidor da Pátria, é aquele que trai a Nação, traindo assim os cidadãos que a constituem. O crime de Traição à Pátria, é nos séculos XIX e XX normalmente punido com a pena de morte, por ser julgado o pior dos crimes.

Portanto tal crime, sendo contra o Estado, é desde logo contra a Nação, ou seja, é um crime que objectivamente fere e prejudica todos os cidadãos que constituem uma sociedade organizada em torno de uma cultura, de uma determinada organização social e económica e também de uma língua comum.

A Guerra: A luta pelo direito à existência da comunidade

Nas sociedades europeias, e desde que se criaram os estados modernos, os períodos de guerra, são quase sempre períodos em que a própria existência do Estado e portanto do grupo de cidadãos que o compõe está em perigo.

Normalmente está em perigo perante uma ameaça de um outro grupo de cidadãos que partilha regras, valores e língua distinta da sua, e que por alguma razão se encontra em oposição por via violenta.

A História da Europa, está cheia de casos em que diferentes interpretações em cada sociedade sobre fronteiras ou sobre visões políticas do mundo, levaram a guerras que tiveram como objectivo destruir Estados, para integrar a sociedade vencida, normalmente através da assimilação étnica, proibindo os usos e costumes do país conquistado, com o objectivo de o uniformizar, transformando-o numa cópia da sociedade vencedora.

O caso espanhol: o mais cruel exemplo de genocídio étnico em toda a Europa:

Mesmo próximo de Portugal, temos casos que demonstram claramente o que aconteceu, quando as sociedades da Catalunha (e Coroa de Aragão) da Galiza ou do País Basco / Navarra, se viram perante a exigência de se diluírem e aceitarem à força a cultura de um país estrangeiro.

A língua castelhana, foi imposta de forma brutal, especialmente na Galiza, onde foi pura e simplesmente proibido falar galego fora de casa, e essa assimilação forçada continuou por muitos séculos até hoje ser uma sombra patética do que foi no passado.

Na Catalunha, o processo de castelhanização[3], ao mesmo tempo que se semeava o ódio ao Catalão, assumiu também as características de etnocidio, que correspondeu quer à proibição de falar a língua, como à proibição de estudar História da Catalunha, substituindo-a pela Historia de Castela.

O actual Estado Espanhol, é em toda a Europa, aquele que depois de ter ganho guerras e conflitos e de ter conseguido dominar por via violenta ou política outro país, mais se empenhou em destruir a sua cultura com o objectivo de impor a cultura uniforme do país vencedor, Castela.

O caso do actual Estado Espanhol, não é único, embora seja em toda a Europa aquele que mais crimes contra a cultura dos países dominados efectuou. Outros processos ocorreram nos estados bálticos, sob a pressão russa, na antiga Jugoslávia, com o imperialismo da Sérvia, e fora da Europa no Iraque, com a pressão dos Árabes sunitas sobre os curdos, e também naturalmente na Turquia, com o extermínio dos arménios ou com a assimilação dos curdos.

O mundo está cheio de exemplos de casos de Nações que pagaram o mais alto dos preços (a aniquilação) quando não conseguiram resistir às pressões externas.

Por isso, a defesa da cultura e da identidade de um povo e de uma nação são tão importantes, e mesmo vitais.

Deste ponto de vista, todo aquele que, por actos ou palavras agir de forma a minar a sociedade, o povo e directa ou indirectamente comprometer o seu futuro, é objectivamente um traidor a essa mesma sociedade.

O traidor, é aquele que prejudica a sociedade (colocando-a em causa) e ao prejudicar a sociedade prejudica individualmente todo e qualquer membro da mesma. Portanto, o cidadão é o principal alvo do ataque e a principal vítima do acto de traição.

Em última instância, trair o cidadão agindo de forma a colocar em causa o direito de uma sociedade a existir, é colocar em causa a independência da sociedade, e por essa via, o seu direito à Liberdade, o qual - prova-o a História - só a independência plena pode garantir.

Logo, uma vez que o ser Humano é por definição livre, colocar em causa essa Liberdade através de palavras, tentando de forma dissimulada convencer os cidadãos a aceitar o jugo estrangeiro ou através de actos, criando condições para impedir o povo de estar informado e de se defender, é Crime.

O Crime, numa sociedade organizada e de Direito deve ser combatido pelos cidadãos através das legitimas instituições do Estado criadas para o defender.

No caso de as entidades do Estado não agirem de forma a perseguir e punir o criminoso, então tal é sinal de falência do próprio Estado, dado este ter deixado de ter capacidade para defender a Liberdade dos cidadãos.

Se o Estado de Direito entra em clara falência, deixando de cumprir as suas funções, ocorre uma situação idêntica à que ocorreu em Portugal em 25 de Abril de 1974, em que o povo e as Forças Armadas, legitimamente se substituíram às instituições de um Estado falido, para voltar a repor a legalidade.

A pratica de actos de traição por proeminentes figuras públicas deve ser tratada pelo Estado sem apelo nem agravo, sob pena de este perder toda a credibilidade quanto à sua capacidade para defender a Liberdade dos cidadãos.



[1] Portugal nasce assim, não de um impulso nacionalista (como algumas vezes se parece fazer crer), mas sim da vontade de garantir para o povo o direito a permanecer livre. É assim que, Afonso Henriques, vence as forças comandadas pelo marido da sua Mãe, que apoiado pela Alta Nobreza feudal pretendia vencer a resistência dos Homens Livres, estabelecendo a prática do sistema de Servidão em grande parte da região a sul do rio Minho.

[2] Servidão: Segundo esse principio, os homens não podem ser escravos nem podem pertencer a um Senhor. Pelo contrário, em vez de pertencer ao seu Senhor, os homens pertencem à terra, e a terra pode ser transaccionada entre senhores feudais, incluindo-se aí a sua «criação», nome dado à população que estava vinculada a trabalhar nessa mesma terra. O valor da terra era maior ou menor, consoante o numero da sua criação, ou seja, ou numero de homens e mulheres que nela trabalhavam.

[3] Castelhanização Processo utilizado na Península Ibérica, pela elite de origem castelhana, desde o século XV, durante o tempo de Isabel a Católica. Este processo foi por exemplo utilizado contra a Galiza e traduziu-se por exemplo na proibição do ensino da língua natural Galega, na deportação da nobreza galega e da elite galega para Castela para a educar, e no envio maciço de castelhanos para a Galiza, de forma a garantir que apenas a língua castelhana seria estudada.
Este processo foi utilizado em várias das regiões que hoje conhecemos como Espanha contra os seus vários povos. Portugal, por se ter oposto a esse processo através das armas não sofreu a mesma influência, embora na região de Lisboa entre a corte em 1640 já se notasse a destruição da língua portuguesa.
Este processo aliás, produziu um movimento expontâneo de reacção ao domínio da cultura castelhana.

Mensagem automática publicada por : Paulo Mendonça

segunda-feira, julho 16, 2007


Saramago volta a profetizar o fim de Portugal independente

A campanha aparentemente organizada, com vista a fazer os portugueses acreditar na ideia de que a União Ibérica corresponde a um futuro risonho em que todos os portugueses terão duas casas três carros e dinheiro de sobra para gastar no fim do mês parece continuar a bom ritmo e conforme o esperado.

José Saramago, o prémio Nobel da literatura, parece ter-se transformado num arauto desse iberismo inevitável, chegando mesmo ao ponto de profetizar a total integração de Portugal na grande e sagrada Espanha.

As palavras de Saramago, aparecem que nem musica de anjos para aqueles que, acreditando que terão melhores possibilidades de encontrar um emprego bem pago na Administração Pública trabalhando o mínimo possível acreditam piamente que a integração de Portugal na Espanha será a solução para todos os seus problemas.

A visão apresentada por Saramago em mais uma entrevista ao Diario de Noticias, embora interessante de analisar, por nos permitir ver até que ponto a distância física do país e o total desconhecimento da história conseguem toldar a mente do velho escritor.

As razões para rejeitar liminarmente qualquer tipo de iberismo baseado em qualquer união com o Estado Espanhol são de vários tipos e a maioria dos portugueses tem alguma razão quando não compreender o que pretende Saramago, normalmente por também não entender a realidade espanhola.

As afirmações de Saramago na sua entrevista ao Diario de Noticias estão cheias de preconceitos (que são normais em Saramago) mas estão acima de tudo cheias de incorrecções históricas, provocadas ou por completo desconhecimento da História, ou então por intenção propositada de mentir por parte do velho dirigente comunista.
De entre os absurdos referidos, está o de Saramago afirmar que a Espanha tem existido de forma mais ou menos pacífica ao longo dos anos.

Nada podia ser mais falso.


Para começar, a primeira afirmação que permite esclarecer Saramago, consiste em lembrar sem dúvidas que a Espanha não existe como Nação. Esse país é na realidade um império criado com base no muito sangue derramado em todos os países submetidos à vontade do maior dos países ibéricos: Castela.
Por isso, não existe Espanha como estado plurinacional, existindo isso sim o grande Estado Castelhano que tem na Peninsula a mesma função da Grande Sérvia a que nos habituamos durante muitos anos a chamar Jugoslávia.

Os países que no passado constituíram estados independentes, como a federação chamada de «Coroa de Aragão» foram no seu tempo mais importantes para a Europa que Portugal.
A Coroa de Aragão, constituída por Aragão, pela Catalunha e por Valência e mais tarde pelas Baleares, constituíu-se num estado com um soberano único, baseado numa cultura comum, história comum e língua própria.

Com o processo de castelhanização que foi imposto a ferro e fogo, os antigos reinos da Coroa de Aragão foram submetidos a um processo de etnocidio de uma violência como só Castela foi capaz de levar a cabo na peninsula ibérica e noutros lugares do mundo[1].

Onde José Saramago de forma candida pretende explicar aos portugueses que o processo de criação do Estado Espanhol foi pacifico na maioria dos casos, a realidade histórica contradiz o velho dirigente comunista em praticamente tudo, reduzindo o seu discurso a uma amalgama inútil de mentiras e de meias verdades.

Desde 1492 e da união das coroas de Castela e Aragão, que os dois países se mantiveram sempre separados e sem que as suas leis, moeda e sistemas tributários se ligasse de alguma forma.
A separação entre todos os países da Hespanha, como era na altura chamada a Península Ibérica continuou a existir mesmo durante o período dos monarcas da dinastia austríaca conhecida como «Habsburgo» e que em Portugal é conhecida como Dinastia Filipina.

No final deste periodo, e quando os monarcas começaram a ultrapassar as suas prerrogativas, a Catalunha, como parte da antiga Coroa de Aragão, declarou novamente a independência e durante 12 anos defendeu-a, tendo perdido a guerra por razões de geoestratégia que tinham a ver com os interesses franceses.

Mais tarde, já durante a chamada guerra da sucessão, o apoio dos Catalães ao candidato ao trono que perdeu, levou a que mais uma vez a Catalunha fosse submetida à total perda dos seus direitos como nação (forais) que sempre lhe tinham sido reconhecidos e de que o seu povo sempre tinha beneficiado, mesmo antes da União Dinástica dos reis católicos.

O processo de destruição da cultura da Catalunha, foi sempre cruel e criminoso, e culminou durante o periodo da Guerra Civil e durante a ditadura de Francisco Franco, num processo de migração organizado por parte do ditador, e que se destinava a enviar milhões de migrantes de Andaluzia (território completamente castelhanizado) para a Catalunha, com o objectivo de descaracterizar completamente a Catalunha proibindo a língua e os usos e costumes locais.

O furor, a fúria e o ódio visceral da Nação Castelhana contra tudo o que não fosse normalizado segundo os seus critérios, que são inspirados desde há muito tempo nos canones corruptos da mais decadente das igrejas católicas do mundo, a igreja católica castelhana[2] ficou expresso durante o franquismo (eufemismo que designa o nazismo espanhol) e ainda hoje as declarações contra as nações ibéricas são continuas por parte da igreja, que conta com figuras tenebrosas como a do Cardeal Rouco Varela, que é segundo muitos espanhóis, um dos mais abertos defensores do periodo franquista.

Perante uma realidade tremenda, em que muitos espanhóis que não estão de acordo com o Diktat do estado madrileno/castelhano são perseguidos.
Perante a afirmação de milhões que não aceitam a normalização linguistica, e são acusados de terroristas todos aqueles que acham que não sendo castelhanos têm o direito de em primeiro lugar falar a língua dos seus pais, em vez da língua imposta à força pelo Estado Castelhano as declarações de Saramago não passam de um monumental «bolsar» produzido depois de uma má refeição.

Mentiroso congénito ou imbecil útil?

Neste contexto, o que é mais incrível é a facilidade com que José Saramago nos vem apresentar as mais delirantes e patéticas teses Hispânicas de amor, paz e união ibérica, quando todos sabemos que a Espanha de hoje, foi feita a ferro e fogo, e é sustentada a sangue e ódio, existindo apenas, porque muitos espanhóis têm medo do que aconteceria se o poder da elite política castelhana fosse contestado.

O poder de Castela não cairá sem uma nova guerra civil. E a memória da última, está ainda demasiado viva.

Saramago, faz previsões afirmando que inevitavelmente Portugal acabará por cair no «caldeirão» espanhol, numa calda de ódio étnico que aumenta de temperatura a cada dia que passa.

Só cairemos na armadilha, se não entendermos o jogo sujo de José Saramago e daqueles que o financiam.



[1]A nação castelhana, é responsável pelo assassínio de dezenas de milhões de pessoas na América do Sul e pelo genocídio de culturas inteiras que foram exterminadas pelos colonizadores de origem castelhana.
A Galiza, depois da guerra civil entre Leão (apoiante da princesa Joana, apoiada também pelo rei de Portugal) e Castela (que apoiava Isabel a Católica) foi igualmente submetida a um processo de etnocidio e destruição cultural de uma violência tal, que quase faria o etnocidio do povo Arménio levado a cabo pelos Turcos parecer uma brincadeira de crianças. Esse processo ficou conhecido nos documentos históricos oficiais como «Doma e Castração da Galiza».

[2] A Igreja Católica Castelhana foi um dos fundamentos e base do regime de Francisco Franco, e é também a inventora e inspiradora da Santa Inquisição, entidade que foi igualmente utilizada como forma de destruir a entidade étnica dos vários países peninsulares.
A Igreja Católica de Castela, continua a produzir declarações ferozes contra as nações ibéricas, afirmando-se profundamente contrária às entidades nacionais peninsulares em cerimonias públicas.

Caricatura de António

Mensagem automática publicada por : Paulo Mendonça