quinta-feira, agosto 14, 2008


Onde estão os cadáveres ?

Desde o final do dia 7 de Agosto, que a Federação Russa, acusou a República da Geórgia, de ter praticado um massacre sobre cidadãos de etnia russa na cidade de Tskhinvali, capital da região da Ossétia do Sul.

As autoridades russas, afirmaram perante toda a comunidade internacional, que os militares da Geórgia tinham praticado um massacre no qual entre 1.600 a 2.000 pessoas haviam sido mortas no dia 7 de Agosto.

Insistentemente, generais russos e o ministro dos negócios estrangeiros, bem como o presidente do país, têm argumentado que a situação foi criada pelos georgianos, que «… com um bombardeamento mataram milhares e milhares de pessoas…».

A imprensa russa, apressou-se a mostrar longas filas de refugiados, velhinhas de bengala, pessoas chorosas e que tinham perdido os seus haveres, algumas contando ocorrências trágicas.
De entre as ocorrências trágicas, uma se destacou:
Uma mulher afirmava que tinha visto uma senhora idosa e uma criança serem esmagadas por um tanque.

A ocorrência é dramática, e não é o facto de as tropas comunistas russas terem passado por cima de pessoas durante a ocupação da Checoslováquia que altera o horror que tal acto representa.

No entanto, à medida que os dias passam há algo que começa a faltar, para completar o cortejo de horrores que a imprensa russa relatou, e que em última instância, justificou a acção russa sobre a Geórgia.

O exército da Geórgia conseguiu em 12 horas, matar mais que o exército de Israel em 15 dias

No ano de 2006, os bombardeamentos israelitas sobre o Sul do Líbano, que utilizaram o poder de uma das mais poderosas forças aéreas do mundo, e a força de um exército equipado com os tanques Merkava, produziu segundo as várias fontes, de 450 a 600 mortos em 15 dias de bombardeamentos.

[img2]Em 2008, na cidade de Tskhinvali, a acreditar nas fontes russas, o bombardeamento de um exército armado com dois bombardeiros Su-25, conseguiu matar mais, que a força de mais de 100 caças bombardeiros F-16i «Sufa», o mais sofisticado e poderoso F-16 em serviço no mundo.

Foi sem dúvida um tremendo feito, o que o exército da Geórgia realizou, pois em termos de numero de vítimas produzidas, conseguiu matar mais que o mais poderoso exército do Médio Oriente e em vez de demorar duas semanas, conseguiu a proeza de lograr um genocídio em apenas 12 a 24 horas.

Sabemos também, a acreditar nas mesmas fontes que o exército georgiano se concentrou sobre a capital da Ossétia do Sul, pois nem poderia ser de outra forma, pois os seus reduzidos meios não permitiam mais que isso.

A morte tem cheiro

Os relatos nas pequenas localidades do Sul do Líbano, quando os jornalistas em 2006, chegavam aos vários lugares onde ocorriam ataques eram todos coincidentes. Quando os mortos não são enterrados, rapidamente a degradação dos tecidos provoca um cheiro característico. E isto, com o numero de mortos espalhado por milhares de quilómetros quadrados.

Mesmo assim, no Líbano, o cheiro de morte era apresentado pelos jornalistas como aquilo que mais se notava.
As imagens eram quase todas coincidentes e jornalistas e pessoal de socorro, chegavam a utilizar máscaras para tentar evitar o odor dos corpos em decomposição.

Na guerra do Líbano, no máximo, num só incidente, terão morrido 40 pessoas. Essas 40 pessoas, que não foram enterradas de imediato, produziam um odor que levava as pessoas a proteger o nariz.

Na região do Cáucaso, onde a humidade relativa é superior, o cheiro de carne em decomposição é ainda mais revoltante para o estômago. Existem variadíssimos relatos sobre isso, que nos vêm desde a II Guerra Mundial.

Vários jornalistas russos, mas também ocidentais, visitaram a cidade de Tskhinvali, entre os quais um jornalista russo, ao serviço de uma televisão portuguesa. O jornalista mostrou imagens de destruição, mas não se referiu uma única vez ao cheiro produzido pelos dois mil cadáveres que têm que estar por enterrar há dias em Tskhinvali, porque nenhuma notícia na Rússia ou no Ocidente, falou nas valas comuns ou na identificação dos cadáveres antes do enterro.

Mais: Sabemos que houve muitos mortos, e há fotografias de militares mortos nos confrontos, mas nas ruas onde morreram os miiltares, e calcula-se que tenha morrido algumas centenas, por cada soldado morto teria que haver cinco a dez civis mortos.
Em nenhuma foto que mostrou soldados mortos, se viram civis.
Aparentemente, em Tskhinvali os militares quando morrem caem no local onde são atingidos, mas o civis quando morrem, deslocam-se para longe, onde não pode ser fotografados.

Aparentemente, os cadáveres em Tskhinvali, por alguma estranha distorção da natureza e ao contrário de todos os cadáveres do planeta, não aparecem, não se vêm, nem apodrecem.
E como não apodrecem, não cheiram a nada.

É claro que o leitor pode acreditar em todas as Histórias de massacres em que o presidente russo e o ministro russo dos negócios estrangeiros têm baseado a sua justificação para a invasão da Geórgia pelo exército russo.

Mas nesse caso, faça o leitor a pergunta a si mesmo…

Onde estão os milhares de cadáveres que morreram dentro da cidade de Tskhinvali, e como é que esses milhares de corpos apodrecidos não cheiram a nada ?

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