terça-feira, setembro 01, 2009


70 anos da II Guerra, lições por aprender

Quando às primeiras horas da madrugada do dia 1 de Setembro de 1939, os canhões do couraçado alemão Schleswig Holstein começaram a atacar os armazéns militares de Westerplatte, na região de Danzig teve inicio a II Guerra Mundial.

70 anos passaram , desde que a maior catástrofe que se abateu sobre a humanidade começou, mas passados 70 anos, aparentemente muitas das lições da História não foram aprendidas e os mesmos erros são repetidos.

A leste, nada de novo

Não deixa de ser curiosa a análise da História, quando nos lembramos que embora a Polónia tenha sido atacada pela Alemanha a 1 de Setembro de 1939, os alemães não apresentaram qualquer declaração de guerra.

Os hitlerianos utilizaram como argumento para a invasão, o massacre de populações civis alemãs. Sim, é verdade, os alemães inventaram um massacre em 1 de Setembro de 1939 para apresentar à sua própria opinião pública as razões que justificavam a invasão.

Os nazis realizaram cerimónias em homenagem aos mortos da barbárie polaca, que justificava a invasão e o envio das tropas do Reich contra a Polónia.

Em 2008, algo extremamente parecido ocorreu na Geórgia, onde um massacre inventado, conduziu à invasão por parte das tropas da Rússia.
Como com os hitlerianos em 1939, também a Rússia em 20008, de forma indigna e imoral inventou um massacre para atacar um pequeno país indefeso.

A Rússia, o mesmo país que invadiu a Polónia poucas semanas depois da invasão alemã, e que foi responsável durante os anos de ocupação, por um terror tão despótico como o dos nazis, e que assassinou a sangue frio em Katin, 17.000 militares polacos, encostados às valas comuns e mortos com uma bala na nuca.
A mesma Rússia, que volta nos primeiros anos do século XXI, a exigir que estes crimes sejam apagados dos livros de História.

A ocidente a determinação das democracias

Não deixa também de ser curioso que a única declaração de guerra que teve lugar em 1939, não tenha sido da Alemanha contra ninguém, mas sim da Grã Bretanha e algumas horas depois da França contra a Alemanha.

Os alemães não esperavam. Estavam certos de que mais tarde ou mais cedo haveria guerra, mas não a esperavam em 1939. Basta dizer que a Alemanha atacou a Polónia sem ter tanques médios e com meios relativamente ligeiros, beneficiando muito mais da capacidade de organização e comunicação que da qualidade do seu material.
A marinha Alemã não tinha navios à altura, e quando começou o conflito não podia lutar de igual para igual nos mares, nem sequer com a marinha francesa.

As democracias ocidentais eram vistas como decadentes e depois da «rendição» em que entregaram a Checoslováquia aos nazis em 1938, a invasão da Polónia parecia apenas mais uma operação normal e sem consequências.

Grã Bretanha, a causadora da II Guerra
Pode parecer estranho a quem ler a História, mas durante a primeira fase da guerra, a Alemanha nazi mantinha junto da sua população, a ideia de que não queria qualquer guerra e que o conflito tinha sido imposto à Alemanha pela Inglaterra e pela França.
Depois da queda da França em 1940, os nazis continuaram a afirmar que queriam a Paz e endereçaram mesmo aos britânicos propostas de Paz.

Aos olhos de muita gente, o mundo ocidental, ou as democracias, eram considerados os agressores, enquanto as ditaduras apenas queriam a Paz e o desenvolvimento das suas populações.

Hoje, quando as democracias lutam contra o terror imposto pelos movimentos terroristas, na maioria dos casos suportados pelo dinheiro da cocaína (FARC) ou da heroína (Taibã), e apoiados por ditaduras encapotadas, alguns pseudo intelectuais cospem a sua raiva contra o facto de os países chamados ocidentais, defenderem coisas simples e princípios básicos, como fizeram em 1939, mesmo que a defesa desses princípios não possa ser feita como seria desejável.

Os mesmos argumentos que foram utilizados pelos nazistas (e também pelos comunistas antes de 22 de Junho de 1941) são utilizados hoje, pelos mesmos sectores extremistas, que advogam que o mundo ocidental se deve render, deve baixar os braços e não deve ter princípios.

As criticas que proto-ditadores como Hugo Chavez, ditadores assumidos como Fidel Castro I, Fidel Castro II ou Mahmoud Achmadinejad, dirigem ao mundo ocidental e acima de tudo à Democracia, são as mesmas criticas, utilizando os mesmos argumentos que Goering, Estaline, Goebbels ou Hitler utilizavam quando em 1939 atacaram a Polónia.


Aqueles que não aprendem as lições da História estão condenados a vive-la outra vez.

Mensagem automática publicada por : Paulo Mendonça