Numa série da televisão espanhola TVE, patrocinada pela empresa igualmente espanhola IBERDROLA, foi referido num dos últimos episódios algo que, normalmente não é referido, ou falado.
Em 1939, depois do fim da guerra civil espanhola, e enquanto Madrid se rendia, e na costa do mar mediterrâneo, os últimos refugiados da república, esperavam nas praias navios que nunca haviam de aparecer para os salvar, a extrema direita de inspiração nazista, expressa no movimento conhecido como “Falange” planeava a invasão de Portugal e a sua destruição como estado independente.
De pouco adianta discutir as implicações dessa intenção, e o facto de os espanhóis, depois de terem sido auxiliados por Salazar, planearem (mais uma vez) atraiçoar o país “Hermano”.
A parte curiosa, é que o plano dos nazistas espanhóis, previa o ataque a Portugal, utilizando essencialmente tropas italianas.
Sem fazer grandes juízos de valor, porque os exércitos têm o valor que têm, consoante as circunstâncias, não deixa de ser curioso que a organização “Falange”, contasse para invadir Portugal, com o mais ineficiente exército, de todos os que combateram na guerra civil espanhola.
Sabendo-se que seria muito difícil a Portugal resistir a um exército mecanizado, como o alemão, mas sabendo-se que Hitler, detestava a ideia de ter que “acudir” aos italianos, não é impossível crer, que a dita invasão, seria extremamente difícil, ainda mais que, a Itália ainda não estava em guerra com Inglaterra.
Como lição, desta curiosidade militar, resta-nos a lição de sempre, sobre o “Amor” que os nossos vizinhos espanhóis sempre nos tiveram.
A título de curiosidade, informa-se que a “Falange” ainda hoje existe em Espanha.
Pelo menos em Portugal tivemos a decência de proibir organizações criminosas de índole fascista. Em Espanha, os Nazis continuam a poder falar livremente. Não são majoritários, é certo, mas também não o eram em 1936.